domingo, 29 de novembro de 2009

Desacredito

Tudo no que realmente se acredita derepente começa a desmoronar...
como um castelo de areia construído na beira da praia...
arduamente erguido quase que grão a grão...
Porém, cedo ou tarde virá a água salgada do mar e o castelo se desmancha quase que por completo, restando apenas ruínas...
Ou talvez o vento, que vai destruindo o castelo pouco a pouco levando grão por grão de areia, lentamente...dolorosamente...
Digo isso por talvez aquilo que um dia talvez sempre acreditei começa a se desmanchar e começo devagar a desacreditar e deixar de me iludir...
E são coisas simples..detalhes..incluem-se também coisas grandiosas...coisas que fazem falta mas que assim como o vento que leva os grãos de areia embora..
Leva também aquilo que num dia acreditei...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Prefiro Assim...

E se no mundo pudéssemos escolher o que quiséssemos...
de quem gostar...
quem amar...
a quem nos apegar...
seria tudo tão mais fácil
o mundo seria muito mais feliz.

Porém, muito mais sem graça.

Fumaríamos menos cigarros
tomaríamos menos água
menos porres em finais de semana....
conversaríamos menos...
escreveríamos menos...
as vendas dos lenços de papel cairíam drasticamente
teríamos até mesmo menos amigos
menos assunto...
menos problemas....

Viveríamos em mundo surreal
onde tudo seriam sorrisos
não haveriam lágrimas
não haveriam desabafos seguidos de choro e raiva...
seria feliz demais
sem graça demais.

Prefiro o mundo como é
com melancolia
decepções...
cansaços...
falta de paciência...
tombos
lágrimas...
maus humores.

Continuemos assim...
nesse mundinho...
cheio de problemas legais...

(colaboração Márcia Marinho - http://palavrasescolhidas.wordpress.com)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Domingo a noite

chuva cansaço dores
sono pensamentos medo
dúvidas cigarro calor
conversas conselhos
agora sinceridade vento
incertezas risos decisões
vento preocupação noite
alívio susto certezas viver
e amanhã começa tudo outra vez...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Melancolia???Não Hoje....

acordei um tanto quanto euforico...
e nem é pelo dia, que nem está tao bonito assim
é um dia sem sol, levemente frio...
e com um vento meio chato...
mas afinal o que me fez acordar assim euforico e tão de bom humor??
talvez a lembrança de ontem...
da longa conversa(tá nem tão longa assim)
das risadas....
do lanche na noite nublada sem estrelas
do que não falaríamos
dos olhares
da despedida
do sorriso, aliás esse que me encanta,
ainda mais quando vem depois de um "desculpa"...
ou quando vem simplesmente sem querer....
parecem devaneios????
não, acredito que não...
mas onde está toda aquela melancolia habitual dos textos???
essa não veio hoje....ficou guardada em algum lugar....
o que veio hoje, foi um dos estados emocionais que fazia
tempo que não escrevia....
eu mesmo estou estranhando a falta do melancolismo....a falta das palavras depressivas....
mas hoje, o texto é escrito por alguém talvez em estado de encantamento...
arrisco-me dizer até alguém mais leve,
alguém que estava meio escondido.....ao menos até hoje...
sei também do risco desse texto, das prováveis consequências...
do que ele possa talvez causar...
talvez seja assustador e estranho
porém, como todo o resto
é mais um texto do momento...
do que realmente se passa agora...
enfim...
talvez amanhã eu sinta falta da melancolia...

(texto escrito em 11/11/2009 e publicado só hoje por...por...enfim....porque sim....)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sozinho

o despertador que acorda
o olho que abre
a cama vazia
o banho de sempre
o café que acaba
o pão no final
o relógio que não para
o atraso de sempre

o almoço sozinho
o tempo corrido
a tarde chuvosa
o cigarro que acaba...

final da tarde que chega
o café no bar
o atraso de sempre
as conversas com fim
o tempo que é curto

chegada em casa
o banho de novo
a janta de sempre
o dia que acaba
a noite que chega

a música que para
a tv que desliga
a ligação que cai
a luz que se apaga
a porta que fecha

os olhos que fecham
o sono que não vem
a cabeça que não para
os pensamentos a mil
o silêncio ensurdecedor

a paciência que finda
a decisão que não chega
a incerteza que incomoda
dúvidas que atrapalham
a falta de tempo
o fim de tudo
o cansaço de sempre